Os recursos provenientes das fontes de financiamento tradicionais, como governo, organismos internacionais, investimento social privado e filantropia, mostram-se insuficientes para atender às demandas sociais da população de baixa renda e as carências do Brasil na área ambiental.

Nessa lacuna, as finanças sociais despontam como uma oportunidade concreta e eficaz para ampliar o capital disponível para negócios de impacto nas áreas de saúde, educação, habitação e serviços financeiros, entre outras.

As Finanças Sociais referem-se ao direcionamento de capital público e privado a negócios de impacto ou a ações que utilizam mecanismos financeiros com o compromisso de gerar impacto social com sustentabilidade financeira.

Características das Finanças Sociais

Os recursos disponíveis para a área social no Brasil somaram R$ 457 bilhões em 2014, dos quais R$ 13 bilhões foram alocados por meio de mecanismos de finanças sociais. Nossa meta é que esse número chegue em R$ 50 bilhões até 2020.

1. Compromisso do capital com o impacto social positivo

Governos, indivíduos e setor privado motivados a doar, investir ou contratar com a intenção de promover uma melhoria da qualidade de vida da população – garantindo ainda retorno financeiro, no caso de investidores.

2. Mecanismos financeiros de impacto

Instrumentos e modalidades financeiras (como os fundos de investimento, os títulos de impacto social ou as plataformas de crowdfunding) que possibilitam a contratação e circulação do capital para ações ou Negócios de Impacto.

3. Investimento em modelos de negócios de impacto

Foco em empreendimentos que têm a missão explícita de gerar impacto social ao mesmo tempo em que geram resultado financeiro positivo e de forma sustentável.

4. Monitoramento e mensuração do impacto

As ações implementadas precisam comunicar periodicamente seu impacto nos indicadores sociais e seu resultado financeiro (que pode ser reinvestido no negócio de impacto ou devolvido aos investidores)